segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Abertura da Exposição "Há Gente"


No último dia 30 de novembro a Casa do Rosário, Parelheiros, abriu a exposição "Há Gente" com os agentes marginais André Bueno, Alexandre Puga, Vinicius Enivo, Everaldo Costa, Helder Holiveira, Jerry Batista, Jonato, Mauro Neri, Ronaldo, Rodrigo Branco, Thiago Goms e Wellington Neri. 

A Casa recebeu amigos, novos amigos, pessoas que não conheciam a região e agentes locais que fomentam a cultura e a relação entre os coletivos.


A exposição mostra a importância das contribuições deste coletivo para cultura da cidade e continuar sendo, através das suas obras, referência para jovens artistas da periferia. Formando mais artistas “filhos da periferia”, fazendo parte dos processos de transformação da sociedade.

Outro ponto forte da noite foi a exibição do curta "Bailão" do diretor Marcelo Caetano, que curiosamente e conscientemente está na região gravando um documentário sobre o bairro do Marcilac. Depois do curta rolou um super debate com o diretor e o guarani Olívio, da aldeia Krukutu.


Foi realmente uma noite especial e ímpar.


Não esqueça, a exposição "Há Gente" fica na Casa do Rosário até dia 16 de fevereiro de 2013, de quarta a domingo, das 11h às 17h, não perde, tá lindo.


Espia as fotos da montagem e da vernissage!







 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Casa do Rosário inaugura a exposição Há Gente



Primeira galeria de arte da periferia recebe artistas marginais

No próximo dia 30 de novembro a partir das 16h a Casa do Rosário em Parelheiros, abre as portas para a exposição “Há Gente”. Um coletivo de artistas que atuam em galerias renomadas, nos muros da metrópole e em grandes exposições que se reuniu para promover esta exposição no extremo sul da cidade, o berço de suas obras.

Com curadoria do Coletivo Imargem que trará telas, fotos, esculturas e intervenções de André Bueno, Alexandre Puga, Vinicius Enivo, Everaldo Costa, Helder Holiveira, Jerry Batista, Jonato, Mauro Neri, Ronaldo, Rodrigo Branco, Thiago Goms e Wellington Neri.

A exposição mostra a importância das contribuições deste coletivo para cultura da cidade e continuar sendo, através das suas obras, referência para jovens artistas da periferia. Formando mais artistas “filhos da periferia”, fazendo parte dos processos de transformação da sociedade.

A exposição fica na Casa do Rosário de 1° de dezembro de 2012 a 16 de fevereiro de 2013, de quarta a domingo, das 11h às 17h.

Casa do Rosário

A Casa do Rosário é uma Associação Cultural e Socioambiental que desenvolve consciência socioambiental, sustentabilidade, diversão e arte.
Ela esta localizada dentro do Centro Paulus (www.centropaulus.com.br) um Hotel e Centro de Desenvolvimento Humano numa parceria com a iniciativa privada a Servir Serviços para Hotelaria e Eventos empresa criada pelos ex-funcionários e agora donos do Hotel que cederam o espaço da galeria em comodato para a Associação Casa do Rosário.


Serviço
Casa do Rosário inaugura a exposição Há Gente, em Parelheiros
Abertura: 30 de novembro às 16h
Visitação: 1° de dezembro de 2012 a 16 de fevereiro de 2013, de quarta a domingo, das 11h às 17h
Local: Rua Amaro Alves do Rosário, 102 – Parelheiros - São Paulo

De carro: Seguir na direção centro-bairro da Av. 23 de maio em direção à Av. Interlagos. Continuar pela Av. Senador Teotônio Vilela. Continuar pela Av. Senador Teotônio Vilela, seguir pela Av. Sadamu Inoue, entrar na Rua Amaro Alves do Rosário em frente a Subprefeitura de Parelheiros.

Metrô/ônibus: Na Estação Vila Mariana do metrô, pegar o ônibus Terminal Parelheiros. Entrar na Rua Amaro Alves do Rosário em frente a Subprefeitura de Parelheiros.

Imprensa: 11 9 6413-6098 (Mariana)
Informações: 11 5920-8933 – 11- 59208935 (Túlio)








Vídeo de apresentação da galeria de arte Casa do Rosário em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo.


terça-feira, 11 de setembro de 2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Banda Amplexo no Parque Linear Lago Azul

O projeto Imargem recebeu no último domingo, 9 de setembro, a galera da Banda Amplexos - Volta Redonda - RJ.
lá no Parque Linear Lago Azul. 

O dia estava lindo e o som dos caras é realmente incrível!

Mais fotos no Facebook do Imargem!













Fotos: Arlete Soares, Marina Coni (Amplexos) e Mariana Belmont

E para quem perdeu o som da Banda Amplexos no domingo lá no Lago Azul, espia só o vídeo da interação da banda com o Goku C.H.C. 




Sobre a Banda Amplexos:


Há seis anos na estrada e com disco lançado (Bolacha Discos, 2008) a banda voltarredondese, Amplexos, prepara o segundo CD e coloca no ar o EP "Manifesta" com uma prévia do que virá em 2012. A produção é de Buguinha Dub (Nação Zumbi, Mundo Livre) e Jorge Luiz Almeida. Música Negra, Jamaica, Nigéria, Etiópia, Brasil, as terras da "música da alma" - a música necessária, feita por quem precisa fazê-la como missão, a música que dança mas não é festiva, a música de louvor, feita para as pessoas, se moverem de seus lugares, música de manifestação de contato com algo maior.
Não se resumindo a reproduzir a sonoridade da música dos guetos, apesar de mostrar muitos elementos comuns do reggae, afrobeat e dub, as 3 canções apresentam uma "nuvem psicodélica" cobrindo todos os arranjos, com os efeitos espaciais de Buguinha Dub, harmonias dissonantes e interpretações quentes. O EP recebeu destaque nos principais veículos da música alternativa (blogs e sites) e nas redes sociais. Para conseguir uma boa compreensão e sensação, é recomendado que se escute em volume máximo, com o coração.
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Baixe/escute: www.amplexos.com
siga: @amplexos

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Planejamento urbano é fetiche que encobre um grande negócio


por Ermínia Maricato, em espaço que a Carta Maior dedicará ao tema


Enchentes, desmoronamentos com mortes, congestionamentos, crescimento exponencial da população moradora de favelas (ininterruptamente nos últimos 30 anos), aumento da segregação e da dispersão urbana, desmatamentos, ocupação de dunas, mangues, APPs (Áreas de Proteção Permanente) APMs (Áreas de Proteção dos Mananciais), poluição do ar, das praias, córregos, rios, lagos e mananciais de água, impermeabilização do solo (tamponamento de córregos e abertura de avenidas em fundo de vales), ilhas de calor… e mais ainda: aumento da violência, do crime organizado em torno do consumo de drogas, do stress, da depressão, do individualismo, da competição.

As cidades fornecem destaques diários para a mídia escrita, falada e televisionada. A questão urbana ocupa espaço prioritário na agenda política nacional. Certo?

Muito longe disso, a questão urbana está fora da agenda política nacional.

As conquistas institucionais nos anos recentes não foram poucas: promulgação do Estatuto das Cidades, aprovação dos marcos regulatórios do saneamento, dos resíduos sólidos, da mobilidade urbana, aprovação de uma enxurrada de Planos Diretores, criação do Ministério das Cidades, retomada das políticas de habitação e saneamento após décadas de ausência do Estado. No entanto, a crise urbana está mais aguda do nunca. Por quê?

Numa sociedade persistentemente desigual as cidades não poderiam expressar o contrário. Mas há algo nas cidades que é central e ignorado. Trata-se do poder sobre o “chão”, ou seja, o poder sobre como se dá a produção e a apropriação do espaço físico. De todas as mazelas relacionadas acima, a primeira parte tem a ver com o “espaço urbano” ou com as formas de uso e ocupação do solo, essa evidência que nos cerca no cotidiano das cidades, mas que está oculta para Estado e sociedade.

Assim como no campo, a terra urbana (pedaço de cidade) é o nó na sociedade patrimonialista.

A importância do espaço urbano como ativo econômico e financeiro escapa à percepção da maior parte dos urbanistas, engenheiros e economistas no Brasil (exceto dos que trabalham para o capital imobiliário). O valor da terra e dos imóveis varia de acordo com as leis ou investimentos realizados nas proximidades.
Poderosos lobbies atuam sobre os orçamentos públicos dirigindo os investimentos e os destinos das cidades. Trata-se do que os americanos, Logan e Molotch, chamaram de “máquina do crescimento”: a reunião de interessados na obtenção de rendas, lucros, juros e… recursos para o financiamento de campanhas, acrescentamos nós. O planejamento urbano é o fetiche que encobre o verdadeiro negócio. É comum que um conjunto de obras contrarie o Plano Diretor. O mais frequente é vermos obras sem planos e planos sem obras.

O governo federal retomou as políticas de habitação e saneamento e se propõe a retomar a política de mobilidade urbana após décadas de ausência promovida pelo ideário neoliberal. Mas a retomada desses investimentos sem a reforma fundiária e imobiliária urbana (de competência municipal) traz consequências cruéis como a explosão dos preços dos imóveis.

Durante os 50 anos em que urbanistas e movimentos sociais defenderam a Reforma Urbana, a exclusão territorial foi reinventada, em duas ocasiões, pelos que lucram com a produção da cidade: quando o BNH carreou recursos para o financiamento residencial e, novamente, quando isso aconteceu, recentemente, com o Minha Casa Minha Vida. Em ambas as ocasiões, o PIB foi insuflado pela atividade da construção.

Ao contrário de um desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente equilibrado, um dinâmico crescimento imobiliário reproduz características históricas de desigualdade e predação ambiental que, somadas ao grande número de carros que entopem a cada dia os sistemas viários, apontam para um rumo de consequências trágicas. Esse tema deveria ter ocupado um lugar central na Rio +20.

Pesquisas recentes da USP ampliaram o conhecimento sobre o número de patologias causadas, na RM de São Paulo, pela poluição do ar, do som, ou pelos congestionamentos de tráfego: doenças cardíacas, transtornos mentais, ansiedade, depressão, estresse. O tempo médio das viagens diárias está próximo das três horas, sendo que para um terço da população passa disso. 30% das famílias são chefiadas por mulheres que após a jornada de trabalho chegam em casa e têm que dar conta dos filhos e do serviço doméstico.
Tanto sofrimento exigiria repensar a prioridade dada ao automóvel em detrimento do transporte coletivo. Deve haver outras formas de criar empregos e aumentar o PIB sem gerar tal irracionalidade (do ponto de vista social e ambiental) urbana.

Os megaeventos (Copa, Olimpíadas) acrescentam alguns graus nessa febre. Por isso, os despejos de comunidades pobres que estão (e sempre estão) no caminho das grandes obras está ganhando dimensões não conhecidas até agora.

Embora a agenda social tenha mudado nos últimos nove anos favorecendo ex-indigentes, ex-miseráveis ou simplesmente pobres (bolsa família, crédito consignado, aumento do salário mínimo, Prouni), embora as obras urbanas se multipliquem a partir do PAC e do MCMV, ambos por iniciativa do governo federal, as cidades pioram a cada dia.

Distribuição de renda não basta para termos cidades mais justas, menos ainda a ampliação do consumo pelo aumento do acesso ao crédito. É preciso “distribuir cidade”, ou seja, distribuir terra urbanizada, melhores localizações urbanas que implicam melhores oportunidades. Enfim, é preciso entender a especificidade das cidades onde moram mais de 80% da população do país e representam algumas das maiores metrópoles do mundo.

A Carta Maior oferece um espaço permanente para dar à questão urbana o lugar que lhe deveria caber na agenda política nacional. Leremos nesta editoria alguns dos mais informados e experientes profissionais e estudiosos de políticas urbanas no Brasil, que, além dessas virtudes, se classificam como ativistas de direitos sociais e justiça urbana. Serão objeto dessas análises várias das maiores cidades brasileiras que estão sofrendo com esse processo, bem como ficará evidente a resistência oferecida pelos movimentos dos despejados que se multiplicam em todo o Brasil.

Para seguir a trilha do desenvolvimento urbano, e não apenas crescimento urbano, revertendo o rumo atual, há conhecimento técnico, há propostas, há planos, há leis e até mesmo experiência profissional acumulada no Brasil.

Ainda que no espaço de uma sociedade do capitalismo periférico ou “emergente”, como quer o main stream, é possível diminuir um pouco as selvagens relações sociais, econômicas e ambientais que vivemos nas cidades. Antes de apresentar propostas, que são rapidamente repetidas para serem também rapidamente esquecidas, é preciso mostrar porque a formulação de propostas, planos e leis não bastam.

A questão é essencialmente política. É preciso mostrar a lógica do caos aparente, ou seja, a lógica dos que ganham com tanto sofrimento e suposta irracionalidade. As próximas eleições se referem ao poder local, ao qual cabe a competência sobre o desenvolvimento urbano de acordo com a Constituição Federal. Esperamos colaborar para diminuir o analfabetismo urbanístico e cobrar dos candidatos a prefeitos e vereadores maior conhecimento e compromisso com a justiça urbana.

(*) Erminia Maricato, arquiteta-urbanista, professora titular aposentada da FAU USP e professora da Unicamp.



Fonte:http://www.viomundo.com.br/denuncias/erminia-maricato-planejamento-urbano-e-fetiche-que-encobre-um-grande-negocio.html

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Manifestão na Ilha do Bororé


Foi tudo providencial!
Talvez um dos dias mais lindos para um evento inspirador como o Manifestão. O sol, o clima, as pessoas, os sorrisos e o som.

O silêncio de um lado da represa, mas do outro o som popular ecoa, a alegria e a voz do povo que só sorri no final de semana. Mas a balsa vai e vem o dia inteiro para misturar os públicos e trazer pessoas desconhecidas.

No espaço escolhido para o evento uma linda exposição organizada pelo Imargem com esculturas, telas e intervenções produzidas pelos próprios agentes, música, microfone aberto para poetas e artistas e, claro, o esperado teste do flutuador projetado pelo agente Everaldo Costa com a ajuda dos outros agentes.

O projeto, financiado pelo Fundo Especial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – FEMA, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, é uma proposição de uma série de intervenções, vivências e jornadas de aprendizagem que articulam os eixos: arte, meio ambiente e convivência no bairro do Grajaú, na APA Bororé Colônia e suas imediações. Os processos envolvem distintas etapas: a sensibilização ambiental, a articulação comunitária, a expressão artística, a autogestão, a criação coletiva e as manifestações públicas. 

E o Manifestão é um desses eixos de mobilização, talvez o que mais apresenta o projeto e os agentes marginais a população.

O encontro foi sob medida, tudo na calma e sem roteiros. Parabéns é muito pouco.”, elogiou Esther Gonçalves

A festa foi linda e agradecemos a presença de todos!

Você foi no Manifestão? Fotografou? A gente quer ver qual foi o seu olhar durante o evento, então, mande suas fotos para imargem.imagemdamargem@gmail.comTodas as fotos enviadas serão postadas no facebook e no blog com os devidos créditos.

Para ver mais fotos acesse o Facebook do Imargem!

Foto: Mariana Belmont

 Foto: Mariana Belmont

Foto: Mariana Belmont

Foto: Mariana Belmont

Foto: Mariana Belmont

Inauguração da Galeria de Arte Casa do Rosário em Parelheiros



O Projeto Imargem participou da inauguração da primeira galeria de arte da periferia fica localizada dentro do Centro Paulus (www.centropaulus.com.br) um centro de desenvolvimento humano. Mais um importante espaço de arte e cultura da zona sul da cidade.

Uma vernissage abriu primeira galeria de arte na periferia de São Paulo com a mostra “Coletivo Plural” - 11 artistas brasileiros - Helder Oliveira – Alexandre Puga – Aberaldo - Ronaldo Costa - Jadson Dias - Marco Túlio Amaral - Márcia Abumansur - Daniella Liu Herzog - Antônio de Dedé - Eneida Sanches - Vieira. Este coletivo é plural por termos arte popular, grafite, arte contemporânea num mesmo cenário como é a proposta da galeria.  Esta mistura também verá no público, o de São Paulo propriamente dito que tem o conforto destas generosidades urbanas perto de casa e o da periferia que aprenderá e desfrutará também deste conforto.

"A Casa do Rosário celebra o encontro e tudo o que é bonito... não despreza o esquisito e é de bossa e não de grito." Rodrigo Bittencourt.