terça-feira, 11 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Banda Amplexo no Parque Linear Lago Azul
O projeto Imargem recebeu no último domingo, 9 de setembro, a galera da Banda Amplexos - Volta Redonda - RJ.
lá no Parque Linear Lago Azul.
O dia estava lindo e o som dos caras é realmente incrível!
Mais fotos no Facebook do Imargem!
Fotos: Arlete Soares, Marina Coni (Amplexos) e Mariana Belmont
E para quem perdeu o som da Banda Amplexos no domingo lá no Lago Azul, espia só o vídeo da interação da banda com o Goku C.H.C.
Sobre a Banda Amplexos:
Há
seis anos na estrada e com disco lançado (Bolacha Discos, 2008) a banda
voltarredondese, Amplexos, prepara o segundo CD e coloca no ar o EP
"Manifesta" com uma prévia do que virá em 2012. A produção é de
Buguinha Dub (Nação Zumbi, Mundo Livre) e Jorge Luiz Almeida. Música Negra,
Jamaica, Nigéria, Etiópia, Brasil, as terras da "música da alma" - a
música necessária, feita por quem precisa fazê-la como missão, a música que
dança mas não é festiva, a música de louvor, feita para as pessoas, se moverem
de seus lugares, música de manifestação de contato com algo maior.
Não
se resumindo a reproduzir a sonoridade da música dos guetos, apesar de mostrar
muitos elementos comuns do reggae, afrobeat e dub, as 3 canções apresentam uma
"nuvem psicodélica" cobrindo todos os arranjos, com os efeitos
espaciais de Buguinha Dub, harmonias dissonantes e interpretações quentes. O EP
recebeu destaque nos principais veículos da música alternativa (blogs e sites)
e nas redes sociais. Para conseguir uma boa compreensão e sensação, é
recomendado que se escute em volume máximo, com o coração.
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quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Planejamento urbano é fetiche que encobre um grande negócio
por Ermínia Maricato, em espaço que a Carta Maior dedicará ao tema
Enchentes, desmoronamentos com mortes, congestionamentos, crescimento exponencial da população moradora de favelas (ininterruptamente nos últimos 30 anos), aumento da segregação e da dispersão urbana, desmatamentos, ocupação de dunas, mangues, APPs (Áreas de Proteção Permanente) APMs (Áreas de Proteção dos Mananciais), poluição do ar, das praias, córregos, rios, lagos e mananciais de água, impermeabilização do solo (tamponamento de córregos e abertura de avenidas em fundo de vales), ilhas de calor… e mais ainda: aumento da violência, do crime organizado em torno do consumo de drogas, do stress, da depressão, do individualismo, da competição.
As cidades fornecem destaques diários para a mídia escrita, falada e televisionada. A questão urbana ocupa espaço prioritário na agenda política nacional. Certo?
Muito longe disso, a questão urbana está fora da agenda política nacional.
As conquistas institucionais nos anos recentes não foram poucas: promulgação do Estatuto das Cidades, aprovação dos marcos regulatórios do saneamento, dos resíduos sólidos, da mobilidade urbana, aprovação de uma enxurrada de Planos Diretores, criação do Ministério das Cidades, retomada das políticas de habitação e saneamento após décadas de ausência do Estado. No entanto, a crise urbana está mais aguda do nunca. Por quê?
Numa sociedade persistentemente desigual as cidades não poderiam expressar o contrário. Mas há algo nas cidades que é central e ignorado. Trata-se do poder sobre o “chão”, ou seja, o poder sobre como se dá a produção e a apropriação do espaço físico. De todas as mazelas relacionadas acima, a primeira parte tem a ver com o “espaço urbano” ou com as formas de uso e ocupação do solo, essa evidência que nos cerca no cotidiano das cidades, mas que está oculta para Estado e sociedade.
Assim como no campo, a terra urbana (pedaço de cidade) é o nó na sociedade patrimonialista.
A importância do espaço urbano como ativo econômico e financeiro escapa à percepção da maior parte dos urbanistas, engenheiros e economistas no Brasil (exceto dos que trabalham para o capital imobiliário). O valor da terra e dos imóveis varia de acordo com as leis ou investimentos realizados nas proximidades.
Poderosos lobbies atuam sobre os orçamentos públicos dirigindo os investimentos e os destinos das cidades. Trata-se do que os americanos, Logan e Molotch, chamaram de “máquina do crescimento”: a reunião de interessados na obtenção de rendas, lucros, juros e… recursos para o financiamento de campanhas, acrescentamos nós. O planejamento urbano é o fetiche que encobre o verdadeiro negócio. É comum que um conjunto de obras contrarie o Plano Diretor. O mais frequente é vermos obras sem planos e planos sem obras.
O governo federal retomou as políticas de habitação e saneamento e se propõe a retomar a política de mobilidade urbana após décadas de ausência promovida pelo ideário neoliberal. Mas a retomada desses investimentos sem a reforma fundiária e imobiliária urbana (de competência municipal) traz consequências cruéis como a explosão dos preços dos imóveis.
Durante os 50 anos em que urbanistas e movimentos sociais defenderam a Reforma Urbana, a exclusão territorial foi reinventada, em duas ocasiões, pelos que lucram com a produção da cidade: quando o BNH carreou recursos para o financiamento residencial e, novamente, quando isso aconteceu, recentemente, com o Minha Casa Minha Vida. Em ambas as ocasiões, o PIB foi insuflado pela atividade da construção.
Ao contrário de um desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente equilibrado, um dinâmico crescimento imobiliário reproduz características históricas de desigualdade e predação ambiental que, somadas ao grande número de carros que entopem a cada dia os sistemas viários, apontam para um rumo de consequências trágicas. Esse tema deveria ter ocupado um lugar central na Rio +20.
Pesquisas recentes da USP ampliaram o conhecimento sobre o número de patologias causadas, na RM de São Paulo, pela poluição do ar, do som, ou pelos congestionamentos de tráfego: doenças cardíacas, transtornos mentais, ansiedade, depressão, estresse. O tempo médio das viagens diárias está próximo das três horas, sendo que para um terço da população passa disso. 30% das famílias são chefiadas por mulheres que após a jornada de trabalho chegam em casa e têm que dar conta dos filhos e do serviço doméstico.
Tanto sofrimento exigiria repensar a prioridade dada ao automóvel em detrimento do transporte coletivo. Deve haver outras formas de criar empregos e aumentar o PIB sem gerar tal irracionalidade (do ponto de vista social e ambiental) urbana.
Os megaeventos (Copa, Olimpíadas) acrescentam alguns graus nessa febre. Por isso, os despejos de comunidades pobres que estão (e sempre estão) no caminho das grandes obras está ganhando dimensões não conhecidas até agora.
Embora a agenda social tenha mudado nos últimos nove anos favorecendo ex-indigentes, ex-miseráveis ou simplesmente pobres (bolsa família, crédito consignado, aumento do salário mínimo, Prouni), embora as obras urbanas se multipliquem a partir do PAC e do MCMV, ambos por iniciativa do governo federal, as cidades pioram a cada dia.
Distribuição de renda não basta para termos cidades mais justas, menos ainda a ampliação do consumo pelo aumento do acesso ao crédito. É preciso “distribuir cidade”, ou seja, distribuir terra urbanizada, melhores localizações urbanas que implicam melhores oportunidades. Enfim, é preciso entender a especificidade das cidades onde moram mais de 80% da população do país e representam algumas das maiores metrópoles do mundo.
A Carta Maior oferece um espaço permanente para dar à questão urbana o lugar que lhe deveria caber na agenda política nacional. Leremos nesta editoria alguns dos mais informados e experientes profissionais e estudiosos de políticas urbanas no Brasil, que, além dessas virtudes, se classificam como ativistas de direitos sociais e justiça urbana. Serão objeto dessas análises várias das maiores cidades brasileiras que estão sofrendo com esse processo, bem como ficará evidente a resistência oferecida pelos movimentos dos despejados que se multiplicam em todo o Brasil.
Para seguir a trilha do desenvolvimento urbano, e não apenas crescimento urbano, revertendo o rumo atual, há conhecimento técnico, há propostas, há planos, há leis e até mesmo experiência profissional acumulada no Brasil.
Ainda que no espaço de uma sociedade do capitalismo periférico ou “emergente”, como quer o main stream, é possível diminuir um pouco as selvagens relações sociais, econômicas e ambientais que vivemos nas cidades. Antes de apresentar propostas, que são rapidamente repetidas para serem também rapidamente esquecidas, é preciso mostrar porque a formulação de propostas, planos e leis não bastam.
A questão é essencialmente política. É preciso mostrar a lógica do caos aparente, ou seja, a lógica dos que ganham com tanto sofrimento e suposta irracionalidade. As próximas eleições se referem ao poder local, ao qual cabe a competência sobre o desenvolvimento urbano de acordo com a Constituição Federal. Esperamos colaborar para diminuir o analfabetismo urbanístico e cobrar dos candidatos a prefeitos e vereadores maior conhecimento e compromisso com a justiça urbana.
(*) Erminia Maricato, arquiteta-urbanista, professora titular aposentada da FAU USP e professora da Unicamp.
Fonte:http://www.viomundo.com.br/denuncias/erminia-maricato-planejamento-urbano-e-fetiche-que-encobre-um-grande-negocio.html
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Manifestão na Ilha do Bororé
Foi
tudo providencial!
Talvez
um dos dias mais lindos para um evento inspirador como o Manifestão. O sol, o
clima, as pessoas, os sorrisos e o som.
O
silêncio de um lado da represa, mas do outro o som popular ecoa, a alegria e a
voz do povo que só sorri no final de semana. Mas a balsa vai e vem o dia
inteiro para misturar os públicos e trazer pessoas desconhecidas.
No
espaço escolhido para o evento uma linda exposição organizada pelo Imargem com
esculturas, telas e intervenções produzidas pelos próprios agentes, música,
microfone aberto para poetas e artistas e, claro, o esperado teste do flutuador
projetado pelo agente Everaldo Costa com a ajuda dos outros agentes.
O
projeto, financiado pelo Fundo Especial de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável – FEMA, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, é uma proposição de uma série de intervenções,
vivências e jornadas de aprendizagem que articulam os eixos: arte, meio
ambiente e convivência no bairro do Grajaú, na APA Bororé Colônia e suas
imediações. Os processos envolvem distintas etapas: a sensibilização
ambiental, a articulação comunitária, a expressão artística, a autogestão, a
criação coletiva e as manifestações públicas.
E o Manifestão é um desses eixos de mobilização, talvez o
que mais apresenta o projeto e os agentes marginais a população.
“O encontro foi sob
medida, tudo na calma e sem roteiros. Parabéns é muito pouco.”, elogiou Esther Gonçalves
A
festa foi linda e agradecemos a presença de todos!
Para ver mais fotos acesse o Facebook do Imargem!
Você
foi no Manifestão? Fotografou? A gente quer ver qual foi o seu olhar durante o
evento, então, mande suas fotos para imargem.imagemdamargem@gmail.com. Todas as fotos enviadas serão postadas no facebook e no blog com os
devidos créditos.
Foto: Mariana Belmont
Foto: Mariana Belmont
Foto: Mariana Belmont
Foto: Mariana Belmont
Foto: Mariana Belmont
Inauguração da Galeria de Arte Casa do Rosário em Parelheiros
O Projeto Imargem participou da inauguração da primeira galeria de arte da periferia fica localizada dentro do Centro Paulus (www.centropaulus.com.br) um centro de desenvolvimento humano. Mais um importante espaço de arte e cultura da zona sul da cidade.
"A Casa do Rosário celebra o
encontro e tudo o que é bonito... não despreza o esquisito e é de bossa e não
de grito." Rodrigo Bittencourt.
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