por Maria Vilani
No Grajaú, o celeiro da arte e nas suas cercanias eclode um movimento que é a junção de vários coletivos, cada um encetando uma luta indormida pelos direitos à qualidade de vida. Viver para esses ideólogos significa preencher a tela vazia com as formas e as cores que representam essa luta, imagens que esboçam a preocupação com o Ser Humano, a sua preservação e a sua permanência no Planeta. Permanecer exige cuidados, preencher a tela do mundo com os tons das agruras em texturas que permitem identificar e perpetuar o desejo de zelar pela sustentabilidade do cosmo. Representar por intermédio da arte o descaso com o meio ambiente, as margens das represas em abandono, os morros que abrigam as favelas e nelas toda a sorte de desamparo é ofício de artistas que nascem crescem e permanecem nos centros, nas bordas e nas pontas das cidades insculpindo e espargindo sonhos entre as pessoas.
Educadora, poeta, filósofa e ativista cultural.
*Texto produzido para a abertura da "Exposição Sustentabilidade Daki", no Ateliê Daki, Grajaú
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